O Plenário Virtual aprovou nesta quarta-feira (26) o projeto de lei que autoriza um empréstimo de R$ 25,2 milhões da Companhia Águas de Joinville, firmado com a Caixa Econômica Federal para a construção de uma estação de tratamento de esgoto no bairro Vila Nova por meio de verbas do programa Saneamento para Todos, do governo federal. Foram 10 votos favoráveis, sete contrários e duas ausências.

Favoráveis ao projeto votaram Claudio Aragão (MDB), Fabio Dalonso (PSD), James Schroeder (PDT), Lioilson Corrêa (PSC), Mauricinho Soares (MDB), Natanael Jordão (PSC), Pelé (MDB), Richard Harrison (MDB), Roque Mattei (MDB) e Wilson Paraíba (Pros). 

Votaram contra foram Adilson Girardi (MDB), Iracema do Retalho (PSDB), Jaime Evaristo (PSC), Maurício Peixer (PL), Odir Nunes (PSDB), Rodrigo Fachini (PSDB) e Tânia Larson (PSL). 

Os vereadores Ana Rita Negrini Hermes (Cidadania) e Ninfo König (PL) não estavam na plataforma virtual no momento da votação do projeto. Ninfo fez manifestações contrárias à aprovação durante a discussão. 

O texto da lei, mostra  financiamento com amortização para 20 anos, taxas de juros de 6% ao ano, de administração de 2% ao ano e de risco de 1% ao ano. Porém, há uma discussão importante sobre o local de instalação.  O debate já se estende há mais de dez anos e motivou diversas reuniões, discussões, audiências públicas, documentos, estudos e argumentos sobre o local de implantação da estação. 

Há oposição da comunidade que mora ou possui propriedades no entorno do imóvel onde a Companhia Águas de Joinville,quer instalar a estação. Eles não discordam da existência de uma estação, mas sim do local que está sendo proposto. O principal temor é o de que um mau cheiro se espalhe nas redondezas, o que poderia acarretar, entre outras coisas, a desvalorização de propriedades. A proposta desse grupo é que a empresa escolha outro imóvel para a estação. 

O terreno que causa divergências fica próximo à Rodovia do Arroz e está a sul da rua São Firmino, uma das que compõem o binário do Vila Nova. O terreno é vizinho ao rio Motucas, ficando nos limites das macrozonas urbana e rural, e está cercado por imóveis que integram um loteamento.  

A Companhia Águas de Joinville afirma que a tecnologia que será usada na estação (lodos ativados por aeração prolongada) não vai resultar em mau cheiro. Outro argumento da Companhia para a instalação da estação no local é que a rede de coleta de esgoto já instalada no bairro converge para aquele imóvel. Segundo os números da empresa, já são 82 km de extensão de rede coletora no bairro que, por não estarem ligados a uma estação de tratamento, dão origem a valas a céu aberto.  

Além disso, conforme a presidente da CAJ, Luana Siewert, em reunião realizada na semana passada, a proximidade do imóvel ao rio Arataca pode favorecer a diluição dos efluentes tratados antes do ponto onde a Companhia pretende instalar uma estação de tratamento de água para abastecimento da Zona Sul no rio Piraí, 12 km rio abaixo." Uma mudança de imóvel exigiria novos estudos que poderiam adiar os planos da CAJ em pelo menos cinco anos", disse a presidente.